Pedi-te uma frase

"(...) We are constantly so worried
About a certain person being the one
Or that one person may not be the one
And we are wasting our time

But when has Love ever been a waste of time?
When has Love ever been the wrong thing to do?

Loving someone is never the wrong thing to do
Loving yourself is the best thing you can do
And why not love yourself and love someone else
That's the best of the best

When you see the person you love
When you see them
And you just know
That is something great
And that is something that not a lot of people get to feel
And you should be very very
Thankful that you are able to feel that way
And if you are able to get that person
You should be even more thankful
Because people spend their whole
Lives thinking that's the right person
And yet they can't have them (...)"

This is Love (interlude)

 

Mais uma noite em claro e um tecto - no escuro - que reproduz cenas sem fim de episódios de uma vida muito real.

Aquele dia em que a mensagem começava com "ontem fizeste-me o mais feliz que já fui e também o mais triste". Esse dia, em que me esqueci do mundo, das regras e dos ses e soube que (como diz o poema) tínhamos tanto para dar um ao outro.

Aquela manhã em que, pela primeira vez cheguei, te dei um beijo na testa e me seguraste a mão em silêncio. 

O abraço desajeitado, quando faltou a luz e te fui mostrar o telhado do edifício, com sabor a casa, a calma, a calor e a pensar "afinal estiveste aqui este tempo todo".

O rebuçado surpresa, que trouxeste do jantar antes do concerto a que foste no fim-de-semana, e que deixaste na minha mesa para dizer que tinhas pensado em mim.

Todas as vezes em que, desastrada, entornei a caneca de chá pela secretária e pelo chão e me ajudaste a limpar o caos enquanto te rias do caso e me moías o juízo. 

Os até amanhã que só duravam os 5 minutos de chegares ao carro e voltares a dizer olá.

Os "eu sei que tens que ir, vai! Estou sempre aqui quando voltares" que dizias sempre que era eu a ter que ir sem querer ir a lado nenhum, na verdade.

As madrugadas que passei à espera que chegasses a casa, depois de centenas de quilómetros, só para saber que chegavas bem. E as madrugadas que passaste, para me desejar boa viagem, para ver as 3h do voo a correr bem e em que só dormias depois de saber que eu tinha chegado ao hotel em que ia ficar nas semanas seguintes.

Os dias em que chegava antes de ti - raros - e em que sabias que já tinha chegado porque ainda sentias o meu perfume nas escadas.

Houve tantos.

Pedi-te muitas vezes que, se um dia os episódios tivessem um fim, me dissesses uma frase. 

Curta, simples e clara, olhos nos olhos. 5 palavras que me diziam que o fim era ali. 

Pedi-te uma frase, só gostava de saber por que não a disseste.


M



Comentários

Mensagens populares